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13/04/2018

Soja tem R$ 88 nos portos nesta 4ª feira com prêmios ainda positivos e Chicago em alta

Soja tem R$ 88 nos portos nesta 4ª feira com prêmios ainda positivos e Chicago em alta

Embora o dólar opere com alguma baixa frente ao real nesta quarta-feira (11), os futuros da soja continuam trabalhando em alta na Bolsa de Chicago e, ao lado de prêmios ainda muito positivos no Brasil, ajudam na formação das referências para o mercado nacional.

Nos portos de Rio Grande e Paranaguá, os indicativos ainda trabalhavam na casa dos R$ 88,00 por saca, como relatou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, com o mercado de prêmios rodando na casa de US$ 1,15 sobre os valores de Chicago.

"Com Chicago subindo e o dólar ainda firme (a moeda americana trabalha com R$ 3,39 apesar de uma baixa de 0,53%), há uma pressão natural sobre os prêmios, que há alguns dias estavm entre US$ 1,20 e US$ 1,30", diz Brandalizze.

Na Bolsa de Chicago, por volta de 12h45 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 4,25 e 4,75 pontos nos contratos mais negociados. Assim, o maio/18 valia US$ 10,54 por bushel, enquanto julho e agosto/18 superavam os US$ 10,60.

Segundo explicam analistas internacionais, o mercado ainda reage aos últimos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu boletim mensal de oferta e demanda trazido ontem.

A redução dos estoques finais norte-americanos de soja, bem como os globais, dá espaço para esse avanço das cotações, tal qual um corte de 7 milhões de toneladas na produção da Argentina e de 6 milhões na safra mundial.

Assim, como explicam os especialistas, diante destes números menores e de uma demanda que segue crescendo, as preocupações com a nova safra norte-americana, portanto, são maiores e já estimulam mais especulações entre os traders da CBOT.

Ao mesmo tempo, a disputa comercial que segue entre China e Estados Unidos continua atuando sobre a formação das cotações, o que acaba tirando parte de força de números como os trazidos pelo USDA ontem.

"Os mercados de grãos estão procurando por pelo novo catalisador que irá direcionar os preços. Será clima, política, demanda ou preocupação com os estoques?", diz o boletim diário da consultoria Allendale, Inc. "Com os dados do USDA já conhecidos, os futuros dos grãos e da oleaginosa terão de se focar em outros fatores. Afinal, os rallies de preços serão o que fará os produtores americanos semeares mais acres de soja ou de milho a partir de agora", completa o reporte.

O mercado já sabe também que a questão climática no Corn Belt nos próximos meses será o acelerador da volatilidade dos negócios em Chicago, principalmente as especulações sobre um possível atraso do início do plantio que já começa a ser discutido.


www.noticiasagricolas.com.br

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