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11/10/2018

Pesquisador americano sustenta que nível de desenvolvimento da agricultura de precisão no Brasil é semelhante á dos EUA

Pesquisador americano sustenta que nível de desenvolvimento da agricultura de precisão no Brasil é semelhante á dos EUA

Em conferência proferida nesta quarta-feira (3) no Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão (ConBAP 2018), que está sendo promovido em Curitiba pela Associação Brasileira de Agricultura de Precisão (AsBraAP), o pesquisador do USDA, Kenneth Sudduth, traçou um panorama histórico da Agricultura de Precisão nos Estados Unidos. Na fase dos debates, afirmou que o estágio brasileiro nessa área não fica muito atrás das técnicas utilizadas na agricultura americana. Uma das ferramentas destacadas por ele durante sua apresentação foi a da condutividade elétrica do solo, técnica por meio da qual é possível levantar, de forma prática e rápida, parâmetros como textura e umidade do solo.

De acordo com o palestrante, nos Estados Unidos a estimativa é de que 10% dos produtores já estejam utilizando tal instrumento de análise de solo. No Brasil, apesar de ainda ser bastante insipiente seu uso, a prática já é bem conhecida pelos produtores. “A principal vantagem é que a nova solução possibilita fazer uma rápida caracterização do solo numa área relativamente extensa para, em seguida, aprimorar a avaliação com análise convencional de solo apenas nos locais previamente identificados pela condutividade elétrica do solo”, explica o engenheiro Marcio Albuquerque, diretor da Falker, empresa que desenvolveu e fabrica um equipamento destinado ao teste de condutividade de solo.

O pesquisador americano observou ainda que também entre os produtores dos Estados Unidos ainda há certa indefinição quando à adoção da Agricultura de Precisão. “O que acontece é que muitos agricultores não conseguem enxergar valor nas informações fornecidas pelos instrumentos da Agricultura de Precisão. Um exemplo disso é a desconfiança quando a parâmetros que apontam para a necessidade de aplicação de fosfato ou potássio em suas lavouras”, comentou o pesquisador. A seu ver, muitas vezes as prescrições previstas pelos instrumentos de Agricultura de Precisão não surtem o efeito esperado, pois o produtor não acredita nas soluções. “E todos nós sabemos que o processo envolvido na ferramenta exige parceria entre o produtor, o agrônomo e os consultores”, conclui o pesquisador, que presidiu a International Society of Precision Agriculture (ISPA) de 2014 a 2016.


www.noticiasagricola.com.br

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